domingo, 14 de junho de 2009

Separação


Mala pronta...
Vira-se as costas e vai,
Do outro lado, os olhos marejados, vê-se a silhueta que parte.
Sem discussões,
Sem arranhões...
Desilusões.
Fica a saudade, a dor, a vontade.
Piedade.
Pedidos a Deus para que os abençoe,
E ofensas ao Diabo, descarregando-lhe sua má sorte.
É a morte.
É a morte do amor, que um dia existiu.
E se não existiu, o que era então?
Paixão? Tesão? Ilusão?
Espaço preenchido,
Amor vivido,
Traído?
Trair o amor é pensar que amou e não amou?
Trair o sentimento, o momento, a dor.
E os risos? O que faremos com os risos?
Tornam-se, saudade, lágrimas. Sufocadas, amargos risos... amargas lágrimas.
Amor?
Dor?
Por que lágrimas?
Se fazemos o que queremos, por que lágrimas?
Adeus!
É o fim de tudo... adeus.
Até quando?
Nos veremos novamente?
Agora está contente?
Perguntas... Sem respostas.
Nunca se pergunta tanto.
Onde foi que errei?
Quem errou?
Você me amou?
Para onde você vai?
E amanhã?
Adeus!
Sem respostas...
Vazio...
Adeus!
Sofrimento...
Adeus!
Tormento...
Adeus!
Saudade...
Adeus!
Ternura...
Adeus!
Enfim...
Adeus!

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