segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Nunca mais

Nunca mais...
Quero ouvir o seu nome em guerra ou em paz,
Quero estar ao seu lado, vivendo jamais,
E as desculpas que vive inventando a mais...

Nunca mais...
Chegue perto de mim, procure outro rapaz,
Quero novos começos, com outros finais,
E aventuras discretas e muitos natais...

Nunca mais...
Destinos incertos, momentos fatais,
Deixarei de viver outros carnavais,
E as festas com os meus amigos leais...

Nunca mais...
Você sorrindo ou chorando para mim tanto faz,
Soluçando, encantando em sonhos reais,
Quero-a longe de mim, não quero vê-la mais...

Nunca mais...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Somos morte.

Somos morte,
A cada dia morremos um pouco.
Perdemos dentro de nós a infância, é morte.
Fica para trás a adolescência, é morte.
O primeiro amor,
O primeiro beijo.
Aprender a andar de bicicleta e nunca mais fazê-lo,
Tudo isso é morte.
Os amigos perdidos,
Morte.
Os cabelos negros e compridos,
Morte.
O corpo atlético, morte.
Mas, só existe morte, onde há vida!
Infância, adolescência, primeiro amor, primeiro beijo,
Andar de bicicleta, e tudo o mais que morreu, ou que está morrendo,
Só existe se estamos vivendo.
Nada existe para a eternidade.
Somos morte, porque vivemos.
A morte deixa saudade.
Toda morte é saudade,
Saudade de uma vida vivida,
Amada, sofrida.
Vida e morte,
Para uns azar, para outros sorte.
Somos morte,
O sinônimo da vida,
Não o contrário,
Mas sim a continuação,
Enquanto escrevo esta poesia, é vida.
Ao terminá-la, é morte.

Marcos Tomaz
02-11-2009.